domingo, 30 de setembro de 2018

Facções criminosas no Brasil


Programa Diálogo Brasil debate a força das facções criminosas
Publicado em 30/09/2018 - 13:27
Por Agência Brasil Brasília




A consultora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Isabel Seixas de Figueiredo diz ser necessário “repensar toda a política penitenciária do país”. E manda um recado aos que acham que o endurecimento vai resolver: “Já não resolveu”. Para a ex-diretora do Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública da Secretaria Nacional de Segurança Pública, “aumentar a pena, endurecer o regime, prender cada vez mais” não deu certo em nenhum lugar do planeta.

Diálogo Brasil desta segunda-feira debate a interferência das facções criminosas no sistema penitenciário  - TV Brasil/Divulgação

Isabel Figueiredo e o coordenador do Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Luiz Cláudio Lourenço, participam do Diálogo Brasil desta segunda-feira, 1º de outubro. O programa, que vai ao ar às 22h15, pela TV Brasil, com apresentação do jornalista Maranhão Viegas, debate a interferência das facções criminosas no sistema penitenciário, no tráfico internacional de drogas e na explosão da violência no país.

Luiz Cláudio observa que a mesma polícia apta a prender sequestradores e assaltantes de bancos não controla o tráfico de entorpecentes, o que faz do Brasil, que não é produtor de cocaína, um dos maiores mercados consumidores da droga no mundo. Na opinião dele, esse é um crime organizado cometido com a conivência do aparato de segurança pública.

Também participam deste episódio do Diálogo Brasil, por meio de depoimentos em vídeo, o ex-consultor em gestão prisional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) Felipe Athayde Lins de Melo, que integra o grupo de estudos sobre violência e administração de conflitos na Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo; e a cientista política e pesquisadora do Laboratório de Gestão de Políticas Penais da Universidade de Brasília (LabGepen/UnB) Tatiana Whately de Moura.
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Edição: Davi Oliveira



terça-feira, 25 de setembro de 2018

Médicos brasileiros


Pacientes terão acesso a informações sobre médicos credenciados
Publicado em 25/09/2018 - 08:02
Por Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Brasília




Os conselhos regionais de medicina (CRMs) já começaram a disponibilizar em seus sites todas as informações sobre médicos inscritos no sistema.

A resolução estabelecendo que dados - como o nome completo do profissional, número de registro, endereço, telefones comerciais e as especialidades registradas - estejam abertos para consulta eletrônica por qualquer paciente foi publicada no último dia 19 no Diário Oficial da União.

A norma, que tem validade imediata, também prevê a divulgação pública de qualquer restrição ética.

A medida foi criada para garantir maior segurança ao paciente que poderá consultar qualquer informação sobre o profissional que o atender.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), essa era uma demanda antiga da sociedade que acabou se intensificando com casos recentes como o do médico Denis Cesar Barros Furtado, de 45 anos, conhecido como Dr. Bumbum.

Ele é acusado de homicídio qualificado pela morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que acabou morrendo horas depois de uma cirurgia de preenchimento de glúteos.

Irregularidades
O médico era alvo de um processo ético-profissional devido a outras irregularidades que estavam sendo investigadas pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal desde março de 2016, quando ele foi alvo de interdição cautelar para o exercício da profissão.

Mesmo antes de a medida se tornar obrigatória, alguns CRMs já tinham as informações e as fotos dos profissionais em seus sites. Com a regra, apenas quando o médico pedir que não seja divulgada sua foto, o caso poderá ser analisado pelos conselhos.

As informações também estarão disponíveis por meio de um aplicativo de celular, lançado recentemente - “Busca de Médicos CFM” - e disponível para uso em aparelhos com o sistema Android e IOS.

Basta digitar o nome do médico, mesmo incompleto, para ter acesso a dados como número do CRM e informações sobre a regularidade de sua inscrição e da sua especialidade.

Edição: Kleber Sampaio

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Um Brasil que se esfarela


Bicentenário, saiba o que Museu Nacional guardava

Publicado em 03/09/2018 - 00:01

Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro





O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, como é conhecido, fica instalado no bairro imperial de São Cristovão, zona norte da cidade, e reúne mais de 20 milhões de itens, divididos em coleções de paleontologia, zoologia, botânica, antropologia, arqueologia, entre outras. O lugar já foi residência oficial da família imperial brasileira. Dom João VI inaugurou em 1818 o museu com o nome de Museu Real, que funcionou primeiramente no Campo de Santana, no centro do Rio.



O diretor de Preservação do Museu Nacional do Rio de Janeiro, João Carlos Nara, afirmou à Agência Brasil que o incêndio causa um “dano irreparável” ao acervo e à pesquisa nacional, mas ainda não é possível saber o que foi destruído.



Conheça alguns itens:

- Um dos mais importantes itens era um fóssil humano, achado em Lagoa Santa, em Minas Gerais, em 1974. Batizado de Luzia, fazia parte da coleção de antropologia. Trata-se do fóssil de uma mulher que morreu entre 20 e 25 anos e seria a habitante mais atinga das Américas.

- Outra preciosidade era o maior meteorito já encontrado no Brasil, chamado de Bendegó e pesa 5,36 toneladas. A pedra é de uma região do sistema solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem mais de 4 bilhões de anos. O meteorito foi achado em 1784, no sertão da Bahia, na localidade de Monte Santo. Quando foi encontrado era o segundo maior do mundo. A pedra integra a coleção do Museu Nacional desde 1888.

- Dom Pedro arrematou em 1826 a maior coleção de múmias egípcias da América Latina. São múmias de adultos, crianças e também de animais, como gatos e crocodilos. A maioria das peças veio da região de Tebas.


História

Fundado por Dom João VI em 6 de junho de 1818 sob a denominação de Museu Real, o museu foi inicialmente instalado no Campo de Santana, reunindo o acervo legado da antiga Casa de História Natural, popularmente chamada "Casa dos Pássaros", criada em 1784 pelo Vice-Rei Dom Luís de Vasconcelos e Sousa, além de outras coleções de mineralogia e zoologia.

A criação do museu visava a atender aos interesses de promoção do progresso sócio-econômico do país através da difusão da educação, da cultura e da ciência. Ainda no século XIX, notabilizou-se como o mais importante museu do seu gênero na América do Sul. Foi incorporado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1946.

O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes registros da história brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, bem como amplos e diversificados conjuntos de itens provenientes de diversas regiões do planeta, ou produzidos por povos e civilizações antigas.

Formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o acervo é subdividido em diversas coleções. É a principal base para as pesquisas desenvolvidas m todas as regiões do país e em outras partes do mundo, incluindo o continente antártico. Possui uma das maiores bibliotecas especializadas em ciências naturais do Brasil, com mais de 470.000 volumes e 2.400 obras raras.

No campo da educação, o museu oferece cursos de extensão, especialização e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento, além de exposições temporárias e atividades educacionais. Administra o Horto Botânico, ao lado do Palácio de São Cristóvão, além do campus avançado na cidade de Santa Teresa, no Espírito Santo — a Estação Biológica de Santa Lúcia, mantida em conjunto com o Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Um terceiro espaço no município de Saquarema é utilizado como centro de apoio às pesquisas de campo.

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Edição: Carolina Pimentel