2 milhões
de alemãs - O Maior estupro em massa da História
Publicado
por Tony Wippich
Com as
recentes discussões sobre estupro coletivo, culpabilidade da vitima por seu
histórico de comportamento, cultura do estupro, acabei recebendo este artigo
que me deixou perplexo.
Segue na
integra o artigo do site, que foi referenciado ao final deste post.
Aos 80 anos, Gabriele Köpp tem
problemas com sono, por vezes, simplesmente não consegue comer. Aos 15 anos,
ela foi repetidamente violada por soldados soviéticos, sendo virgem e não tendo
nenhum conhecimento prévio sobre o sexo.
A revista "Spiegel"
escreve que não existem os dados exatos sobre a quantidade de mulheres alemãs
violadas pelo exército soviético, o número que aparece em várias publicações
aponta para dois milhões de mulheres (2.000.000). Segundo a investigação do Dr.
Philipp Kuwert, especialista de traumas e chefe do Departamento de Psiquiatria
e Psicoterapia do Hospital universitário de Greifswald, a idade média
das vítimas de violações soviéticas era de 17 anos e cada mulher foi violada
em média 12 vezes. Quase metade das vítimas possui síndromes pós –
traumáticos, incluindo os pesadelos, tendências de suicídio, anestesia
emocional. Cerca de 81% destas mulheres adquiriram o efeito negativo direto
sobre a sexualidade.
A historiadora Birgit
Beck-Heppner escreve que os soldados soviéticos usavam as violações para
intimidar as populações alemãs, mostrando que o seu governo e exército já não
lhes conseguiam garantir a segurança. Por isso, muitas destas violações eram
executados em público (!).
Em 1945, os soviéticos foram os
primeiros a chegar em Berlim. Mesmo após a rendição da Wermacht e dos
Nacional-Socialistas, o sofrimento do povo alemão parecia não ter fim. Os
soldados do Exército Vermelho invadem casas, arrancam mães e filhas de suas
famílias e as estupram em praça pública, algumas foram estupradas várias vezes
por grupos de até 10 soldados. Mais de 2 milhões de mulheres alemãs foram
estupradas só em 1945, desde crianças de 8 anos à idosas de 80.
A “doença russa”
Gabriele Köpp lembra na conversa
com o jornalista da "Spiegel" que a sua menstruação parou por
completo durante os 7 anos. Naquela época era um sintoma bastante comum entre
as alemãs e era chamado pelos ginecologistas de “doença russa”.
Quanto Gabriele Köpp é perguntada
se conheceu o amor, se teve alguma vez as relações sexuais, ela responde: “Não,
não tive nada disso. Para mim existia apenas uma coisa – a violência”.
A culpabilidade dos aliados e a
tentativa de abafar o assunto
O estupro em massa das mulheres
em Berlim foi negado pelos países aliados (E. U. A, Inglaterra, França, União
Soviética, etc;) pois conflitavam com a imagem de "vitoriosos civilizados
e libertadores da opressão" que queriam passar para a opinião pública
mundial. Porém, esse tabu foi quebrado quando Austin J. App, professor de língua
inglesa na Catholic Univesity abordou esse tema embaraçoso (para os
aliados, é claro!) em seu livro "Ravishing the Women of Conquered
Europe" publicado em Abril de 1946. Na sequencia Antony Beevor também
publicou o livro "Berlim: The Downfall, 1945" ("Berlim: A
queda, 1945"), abordando o mesmo tema. Alguns relatos eram tão aterradores
que o autor, prudentemente publicou apenas em seu site (www.antonybeevor.com). Ingrid
A. Rimland também ecoou os gritos das alemãs estupradas nesse fatídico e
vergonhoso episódio da guerra chaamndo o governo dos E. U. A à responsabilidade
pois muitos desses estupros foram cometidos por soldados norte-americanos*.(*)
Principalmente, pela divisão de soldados negros do exército estadunidense, em
breve postaremos o artigos somente sobre o assunto - NT. Muitos historiadores
creditam essa postura animalesca dos soldados aliados (notadamente dos
soviéticos) ao anti-germanismo em vigor na Europa, alimentado desesperadamente
e imprudentemente pela imprensa aliada. Pois a Alemanha não fora o único país a
sofrer esses tipos de danos. Porém, nesse panorama vergonhoso, alguns
testemunhos relatam a ainda a tentativa disciplinar de alguns poucos oficiais
que tentavam manter a ordem. Dentre os testemunhos está o de um general
soviético que matou um tenente, seu comando, ao flagrá-lo organizando uma fila
de mais de 10 soldados para estuprar uma mulher alemã, já deitada no chão.
Registros da Igreja Católica relatam que num convento da cidade de Neisse, na
Silésia, 182 freiras foram estupradas, seguidas vezes, pelos soldados aliados.
Numa outra cidade alemã, 66 freiras engravidaram após seguidos estupros por
parte dos invasores. Até mulheres russas que estavam prisioneiras, judias e de
outras etnias em campos de concentração foram estupradas impiedosamente pelos
seus próprios "libertadores". Em Berlim, desesperadas por uma
situação que não parecia ter fim, muitas mulheres alemãs se jogaram dos prédios
em ruínas, preferindo a morte. Outras com filhos para criar, preferiam
"contar com a proteção" de algum oficial aliado de alta patente, para
acabar com o ciclo de estupro em série a que eram submetidas diariamente pelos
soldados. Aquelas que engravidaram e tiveram filhos, frutos dos estupros em
série a que foram submetidas ainda tiveram, com certeza, que suportar o repúdio
moral e social.
A Arte alemã se expressando como deveria ser
Em 23 de Outubro de 2008 foi
lançado na Alemanha o filme "Anonyma - eine Frau in Berlim" (Anônima
- Uma Mulher em Berlim) baseado no livro de mesmo nome, escrito por Marta
Hiller, alemã que sofreu entre 20/04/45 a 22/06/45, aos 31 anos, os horrores da
Segunda Guerra Mundial quando vivia em Berlim, capital da Alemanha. O livro, é
um relato perturbador sobre os abusos sexuais sofridos pelas mulheres da
Alemanha em 1945. Marta foi uma das centenas de milhares de mulheres
berlinenses, entre adolescentes, adultas e idosas, que sofreram estupros em
série quando os soldados soviéticos invadiram Berlim, a capital do III Reich.
Seus relatos são corroborados pelos da jornalista russa Natalya Gesse, então
correspondente de guerra em Berlim, hoje aposentada.
Quando se trata do tema, muitos
pesquisadores tendem a afirmar que esse comportamento deve-se a situação de
extremo estresse durante a guerra, longos períodos de abstinência sexual,
agravada por pressão psicológica constante... Etc; Até então, algo conhecido e
óbvio, mas duas coisas têm que ser bem esclarecidas pelos que se dizem
"especialistas conceituados": 1 - Se a estratégia de guerra aliada
realmente não estivesse interessada em fazer vista grossa total sobre as ações
descontroladas e indisciplinadas que ocorriam com os civis alemães,
principalmente suas mulheres, tais fatos não teriam acontecido, pelo menos não
em tão larga escala escancarada. 2 - Tais motivos para o comportamento do
combatente estão presentes em todos as guerras, nem por isso, tais atitudes são
cometidas, não sendo por um outro e potencial fator, a extrema propaganda de
guerra que chegava a níveis de uma lavagem cerebral... Tal como hoje. - NT.
Mais de 240.000 mulheres morreram
neste período, sendo mais de 100.000 em Berlim. Após o verão de 1945, os
soldados soviéticos flagrados cometendo tal ato recebiam punições de
enforcamento ou prisão. Entretanto, os estupros continuaram até 1948, quando a
Alemanha finalmente recuperou sua estrutura política e os soldados da União
Soviética e aliados estavam apenas em postos de guarda, separados da população
civil.
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