domingo, 26 de junho de 2016

Horror histórico. Na Europa!



2 milhões de alemãs - O Maior estupro em massa da História
Publicado por Tony Wippich
 
Com as recentes discussões sobre estupro coletivo, culpabilidade da vitima por seu histórico de comportamento, cultura do estupro, acabei recebendo este artigo que me deixou perplexo.
Segue na integra o artigo do site, que foi referenciado ao final deste post.










Aos 80 anos, Gabriele Köpp tem problemas com sono, por vezes, simplesmente não consegue comer. Aos 15 anos, ela foi repetidamente violada por soldados soviéticos, sendo virgem e não tendo nenhum conhecimento prévio sobre o sexo.

A revista "Spiegel" escreve que não existem os dados exatos sobre a quantidade de mulheres alemãs violadas pelo exército soviético, o número que aparece em várias publicações aponta para dois milhões de mulheres (2.000.000). Segundo a investigação do Dr. Philipp Kuwert, especialista de traumas e chefe do Departamento de Psiquiatria e Psicoterapia do Hospital universitário de Greifswald, a idade média das vítimas de violações soviéticas era de 17 anos e cada mulher foi violada em média 12 vezes. Quase metade das vítimas possui síndromes pós – traumáticos, incluindo os pesadelos, tendências de suicídio, anestesia emocional. Cerca de 81% destas mulheres adquiriram o efeito negativo direto sobre a sexualidade.

A historiadora Birgit Beck-Heppner escreve que os soldados soviéticos usavam as violações para intimidar as populações alemãs, mostrando que o seu governo e exército já não lhes conseguiam garantir a segurança. Por isso, muitas destas violações eram executados em público (!).

Em 1945, os soviéticos foram os primeiros a chegar em Berlim. Mesmo após a rendição da Wermacht e dos Nacional-Socialistas, o sofrimento do povo alemão parecia não ter fim. Os soldados do Exército Vermelho invadem casas, arrancam mães e filhas de suas famílias e as estupram em praça pública, algumas foram estupradas várias vezes por grupos de até 10 soldados. Mais de 2 milhões de mulheres alemãs foram estupradas só em 1945, desde crianças de 8 anos à idosas de 80.

A “doença russa”
Gabriele Köpp lembra na conversa com o jornalista da "Spiegel" que a sua menstruação parou por completo durante os 7 anos. Naquela época era um sintoma bastante comum entre as alemãs e era chamado pelos ginecologistas de “doença russa”.

Quanto Gabriele Köpp é perguntada se conheceu o amor, se teve alguma vez as relações sexuais, ela responde: “Não, não tive nada disso. Para mim existia apenas uma coisa – a violência”.

A culpabilidade dos aliados e a tentativa de abafar o assunto
O estupro em massa das mulheres em Berlim foi negado pelos países aliados (E. U. A, Inglaterra, França, União Soviética, etc;) pois conflitavam com a imagem de "vitoriosos civilizados e libertadores da opressão" que queriam passar para a opinião pública mundial. Porém, esse tabu foi quebrado quando Austin J. App, professor de língua inglesa na Catholic Univesity abordou esse tema embaraçoso (para os aliados, é claro!) em seu livro "Ravishing the Women of Conquered Europe" publicado em Abril de 1946. Na sequencia Antony Beevor também publicou o livro "Berlim: The Downfall, 1945" ("Berlim: A queda, 1945"), abordando o mesmo tema. Alguns relatos eram tão aterradores que o autor, prudentemente publicou apenas em seu site (www.antonybeevor.com). Ingrid A. Rimland também ecoou os gritos das alemãs estupradas nesse fatídico e vergonhoso episódio da guerra chaamndo o governo dos E. U. A à responsabilidade pois muitos desses estupros foram cometidos por soldados norte-americanos*.(*) Principalmente, pela divisão de soldados negros do exército estadunidense, em breve postaremos o artigos somente sobre o assunto - NT. Muitos historiadores creditam essa postura animalesca dos soldados aliados (notadamente dos soviéticos) ao anti-germanismo em vigor na Europa, alimentado desesperadamente e imprudentemente pela imprensa aliada. Pois a Alemanha não fora o único país a sofrer esses tipos de danos. Porém, nesse panorama vergonhoso, alguns testemunhos relatam a ainda a tentativa disciplinar de alguns poucos oficiais que tentavam manter a ordem. Dentre os testemunhos está o de um general soviético que matou um tenente, seu comando, ao flagrá-lo organizando uma fila de mais de 10 soldados para estuprar uma mulher alemã, já deitada no chão. Registros da Igreja Católica relatam que num convento da cidade de Neisse, na Silésia, 182 freiras foram estupradas, seguidas vezes, pelos soldados aliados. Numa outra cidade alemã, 66 freiras engravidaram após seguidos estupros por parte dos invasores. Até mulheres russas que estavam prisioneiras, judias e de outras etnias em campos de concentração foram estupradas impiedosamente pelos seus próprios "libertadores". Em Berlim, desesperadas por uma situação que não parecia ter fim, muitas mulheres alemãs se jogaram dos prédios em ruínas, preferindo a morte. Outras com filhos para criar, preferiam "contar com a proteção" de algum oficial aliado de alta patente, para acabar com o ciclo de estupro em série a que eram submetidas diariamente pelos soldados. Aquelas que engravidaram e tiveram filhos, frutos dos estupros em série a que foram submetidas ainda tiveram, com certeza, que suportar o repúdio moral e social.

A Arte alemã se expressando como deveria ser
Em 23 de Outubro de 2008 foi lançado na Alemanha o filme "Anonyma - eine Frau in Berlim" (Anônima - Uma Mulher em Berlim) baseado no livro de mesmo nome, escrito por Marta Hiller, alemã que sofreu entre 20/04/45 a 22/06/45, aos 31 anos, os horrores da Segunda Guerra Mundial quando vivia em Berlim, capital da Alemanha. O livro, é um relato perturbador sobre os abusos sexuais sofridos pelas mulheres da Alemanha em 1945. Marta foi uma das centenas de milhares de mulheres berlinenses, entre adolescentes, adultas e idosas, que sofreram estupros em série quando os soldados soviéticos invadiram Berlim, a capital do III Reich. Seus relatos são corroborados pelos da jornalista russa Natalya Gesse, então correspondente de guerra em Berlim, hoje aposentada.

Quando se trata do tema, muitos pesquisadores tendem a afirmar que esse comportamento deve-se a situação de extremo estresse durante a guerra, longos períodos de abstinência sexual, agravada por pressão psicológica constante... Etc; Até então, algo conhecido e óbvio, mas duas coisas têm que ser bem esclarecidas pelos que se dizem "especialistas conceituados": 1 - Se a estratégia de guerra aliada realmente não estivesse interessada em fazer vista grossa total sobre as ações descontroladas e indisciplinadas que ocorriam com os civis alemães, principalmente suas mulheres, tais fatos não teriam acontecido, pelo menos não em tão larga escala escancarada. 2 - Tais motivos para o comportamento do combatente estão presentes em todos as guerras, nem por isso, tais atitudes são cometidas, não sendo por um outro e potencial fator, a extrema propaganda de guerra que chegava a níveis de uma lavagem cerebral... Tal como hoje. - NT.

Mais de 240.000 mulheres morreram neste período, sendo mais de 100.000 em Berlim. Após o verão de 1945, os soldados soviéticos flagrados cometendo tal ato recebiam punições de enforcamento ou prisão. Entretanto, os estupros continuaram até 1948, quando a Alemanha finalmente recuperou sua estrutura política e os soldados da União Soviética e aliados estavam apenas em postos de guarda, separados da população civil.

Artigo Publicado no endereço: osentinela
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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Ainda sobre violencia contra mulheres no Brasil



Mulheres voltam a protestar em São Paulo contra o estupro
  • 08/06/2016 18h33
  • São Paulo




Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Centenas de mulheres estão reunidas neste momento no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, em São Paulo, para mais um protesto contra o estupro. Chamado de Por Todas Elas, o segundo ato contra o estupro foi convocado pelas redes sociais e ocorre em diversas cidades do país, lembrando o caso da adolescente de 16 anos que sofreu estupro coletivo no Rio de Janeiro. 

A intenção das mulheres é sair em caminhada, provavelmente até a Praça Roosevelt, no centro da cidade.

A cientista social Paula Kaufmann, 24 anos, que faz parte do coletivo Juntas, um dos movimentos organizadores do ato, disse que a manifestação de hoje é em solidariedade à vítima do estupro coletivo no Rio de Janeiro.

“A ideia desse ato é tanto prestar solidariedade a ela quanto denunciar esse tipo de caso e como existe negligência do Poder Público em tratar a questão da violência contra a mulher com políticas públicas. É preciso pensar em uma maneira de extinguir esse problema, seja por meio da educação, inserindo a educação de gênero e contra a violência nas escolas, ou de acolhimento das mulheres vítimas de violência, mas também de punição desses criminosos que praticaram estupro”, acrescentou Paula.

Saiba Mais
Além de várias faixas criticando o machismo e o estupro, as mulheres trouxeram um varal com várias roupas femininas penduradas, todas manchadas de sangue. Muitas delas pintaram o rosto com o símbolo feminino. De mãos dadas, elas também fizeram um imenso círculo no vão livre. Em círculo, elas cantaram: “Companheira me ajude, que eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor.”

Algumas decidiram tapar a boca com a mensagem O Silêncio Mata. Foi o caso da administradora de mídias sociais Larissa Bortoloso, 25 anos. Larissa foi molestada quando era criança e contou que, na época, a família tentou manter o caso em silêncio.
“Fui silenciada quando aconteceu comigo, aos 12 anos. Isso, de uma forma, quase me matou, porque tentei me suicidar. Várias mulheres que são violentadas ou estupradas também não falam, não denunciam e acabam morrendo. Me enterraram várias vezes”, afirmou.

Larissa perdeu os pais quando tinha 8 anos e foi morar com uma de suas irmãs. “O cunhado dela me molestava enquanto eu dormia. Quando tive coragem de contar, eles levaram uns líderes religiosos em minha casa, fizeram esse pacto e encobriram. Eu não podia contar para ninguém.”

Agora, quando consegue falar sobre o caso, Larissa aconselha as demais mulheres que sofreram violência a não manter o silêncio e denunciar o caso às autoridades competentes. “É preciso ter cuidado em quem vocês vão confiar e fazer um escândalo, sair na rua gritando que você foi estuprada. Porque se você não fizer um escândalo, ninguém vai ajudá-la.”

Além do estupro, as mulheres denunciam outras formas de violência. Um grupo de mulheres que trouxeram seus filhos ao ato, por exemplo, denunciou a violência obstétrica. Foi o caso de Mayra Simon, 22 anos, mãe de Antonela. 

“Acho importante trazê-la porque ela é mulher e vai entender algum dia porque estamos aqui. Ela vai sofrer machismo também na pele e achei importante trazê-la. A maior violência que sofri foi no nascimento dela. Fui tratada como um animal em uma cela. Me induziram ao parto normal, que eu tanto queria, mas forçaram com medicação. Fiquei 13 horas sozinha no pré-parto. Não pude ficar com meu marido. Não pude pegá-la no colo quando ela nasceu. Fui levada para a cesárea, porque, com certeza, a indução não deu certo porque não era indicada. Fui cortada ao meio. Não pude amamentar minha filha nas primeiras 12 horas de vida. Isso foi o maior trauma de minha vida”, concluiu Mayra.

Edição: Armando Cardoso