segunda-feira, 4 de julho de 2016

Brasil a beira do caos



Segurança pública não é um problema olímpico, diz Eduardo Paes
  • 04/07/2016 22h23
  • Rio de Janeiro










Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a segurança pública não é um problema olímpico, embora, seja o principal problema do Rio há muito tempo. Apesar de ter feito críticas, no sábado (2), à gestão do governo estadual, que levou o estado à crise econômica e a buscar apoio financeiro na União e na prefeitura, hoje (4), Paes disse que o Rio passa por um momento ruim, mas confia no governo do estado e continuará trabalhando em parceria com o Executivo fluminense.

“Eu fiz uma reclamação no último sábado com relação à postura e procedimento, mas nós vamos trabalhar aqui em parceria”, disse após apresentar à imprensa a via expressa Transolímpica. “Não sou analista de gestão e nem de política, mas está na hora de olhar para frente. Está na hora de enfrentar os problemas”.

Paes disse que tem muita confiança na capacidade do governador em exercício, Francisco Dornelles, e do secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, de superarem os desafios na área da segurança. “Os índices melhoraram de quando o Rio ganhou a candidatura até hoje. O número de assassinatos e de homicídios por 100 mil pessoas caiu quase a metade de 2008, 2009, para cá, mas tem que avançar mais. Tem que melhorar. Tem que cobrar. Espero que a situação do estado se normalize, não pela Olimpíada, mas pela população, pela cidade”, disse.

Transolímpica
A Transolímpica, que liga Deodoro, na zona norte, ao Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, tem 26 quilômetros de extensão, dois túneis com duas pistas para carros e uma faixa exclusiva de Bus Rapid Transit (BRT). Quando estiver em operação vai ser possível fazer a conexão com as vias expressas Transoeste e Transcarioca e, no ano que vem, com mais uma ligação com a inauguração da Transbrasil.

“A gente tem a expectativa de que essa é uma mudança transformadora nesta parte da cidade. O Rio tem dois maciços: o da Tijuca e o da Pedra Branca, este na zona oeste, quase metade do território e dois quintos da população da cidade”, disse. Para Paes, é uma contestação “àqueles que ficam com esta baboseira de dizer que as Olimpíadas do Rio não são legado para as pessoas mais pobres da cidade”.

Os usuários da via vão precisar esperar, porque da inauguração no próximo sábado (9), até o fim dos Jogos Olímpicos, no dia 21 de agosto, só vão rodar nas pistas os carros credenciados da chamada família olímpica e o BRT para quem tiver o Rio Card Jogos Rio 2016, ou seja, aqueles que estiverem indo para os locais de competição.

Para a população
O BRT e a via serão abertos totalmente à população no dia 22 de agosto. Segundo o prefeito, esta foi uma estratégia de trânsito para o deslocamento de cerca de 75% dos atletas que se dará da Vila dos Atletas para o Parque Olímpico da Barra ou para Deodoro. “A gente vai ter uma conexão muito rápida evitando exagero de faixas olímpicas, que é sempre um problema para todas as Olimpíadas. A gente vai permitir um deslocamento muito rápido dos atletas, da família olímpica e dos espectadores de um lugar para outro”, disse.

O prefeito não acredita que haverá superlotação nas estações durante a Olimpíada, porque neste período será atendido apenas o público olímpico e, além disso, há os terminais incluídos no trajeto entre o Recreio, na zona oeste, e Deodoro, na zona norte. “São três grandes terminais mais as estações, então não tem o menor risco de superlotação. Ao contrário, durante as Olimpíadas, de certa forma, vai ter até uma capacidade ociosa, mas a gente entendeu, por bem, dedicar este equipamento para as Olimpíadas inicialmente”, disse.

Edição: Fábio Massalli

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