quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Pedimos chuva!



Comitê fará reuniões semanais para monitorar geração de energia no país
  • 25/10/2017 20h06
  • Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Por causa do atual cenário de falta de chuvas, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) vai fazer reuniões semanais para analisar as condições de fornecimento de energia no país. A próxima reunião ordinária do colegiado, que estava marcada para o dia 9 de novembro, será antecipada para o dia 1º de novembro. Atualmente, as reuniões ocorrem uma vez por mês.

A decisão foi tomada na reunião de hoje (25) do CMSE. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que este é um dos piores anos do histórico e o mês de setembro foi o pior já registrado em termos de energias naturais afluentes nas principais bacias hidrográficas para a geração hidrelétrica. Nas bacias do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o ano de 2017 está sendo caracterizado como o pior desde 1931, segundo a ONS.


Níveis dos reservartórios das hidrelétricas estão entre os piores já registrados na série históricaDivulgação Chesf

Até ontem (24), o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, os mais importantes do país, estavam em 18,57% de sua capacidade máxima. No mesmo período de 2001, quando houve um grande racionamento de energia do país, o índice estava em 21%.

O CMSE destacou que o suprimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional está garantido, mas com previsão de manutenção do elevado custo associado à geração de energia. Segundo o Comitê, o início das chuvas permanece atrasado em relação ao histórico na área de abrangência das bacias de maior relevância para a geração de energia elétrica.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi criado em 2004 com a função de acompanhar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o país. Participam do colegiado representantes de órgãos como o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o ONS, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Edição: Luana Lourenço
 

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